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Marco Bernardo toca Branca na Caixa Cultural São Paulo

Amigos do Choro e da Música Instrumental Brasileira, Bom Dia!

Segue minha versão de “Branca”, valsa de Zequinha de Abreu, uma das faixas do meu novo álbum O Pianeiro Chorão, aqui num registro de 17 de Novembro de 2011, na Caixa Cultural São Paulo. Foi uma das peças que interpretei num memorável recital intitulado Choros Famosos, integrando os Concertos Magda Tagliaferro. Esse projeto reuniu nove destacados pianistas brasileiros entre os dias 16 e 20 de novembro homenageando Magda Tagliaferro, uma das mais importantes pianistas brasileiras de todos os tempos, falecida em 1986.

“Branca” é um clássico do final da década de 1910, composta em homenagem a Branca Barreto, filha do chefe da estação ferroviária de sua cidade, e se tornaria um clássico do repertório pianístico de então. Trata-se de uma leitura deliciosamente heterodoxa, com um irresistível toque de sofisticação melódica e harmônica, evocando a figura do multiinstrumentista Hermeto Paschoal.

Prestigie o álbum O Pianeiro Chorão, lançado pela Kuarup, através de sua plataforma preferida acessando este super-link

E, neste sábado, venha curtir o lançamento oficial do CD físico pelo Projeto Cultura no Choro, prestigie o evento no Facebook

Gente, tá tudo uma beleza! Curtam tudo sem moderação!

Concertos Afro-Brasileiros com Marco Bernardo

Marco Bernardo se apresenta nos Concertos Afro-Brasileiros

Marco Bernardo se apresenta nos Concertos Afro-Brasileiros

CONCERTOS AFRO-BRASILEIROS, NA CAIXA CULTURAL SÃO PAULO

28 a 31 de julho de 2016 | 19h15

A CAIXA Cultural São Paulo tem, nos últimos dias de julho, um projeto musical inédito: os Concertos Afro-Brasileiros. Com entrada gratuita e patrocínio da Caixa Econômica Federal, o projeto tem em sua programação composições de autores brasileiros inspiradas em temáticas africanas e afro-brasileiras. Com curadoria de Fábio Caramuru, pianista e compositor, e de Ligia Fonseca Ferreira, professora e pesquisadora, doutora pela Universidade de Paris 3 – Sorbonne, com tese sobre Luiz Gama (um dos mais combativos abolicionistas de nossa história), hoje docente do Departamento de Letras (área de língua e literatura francesa) da UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo.

Os concertos têm programas diferentes e serão apresentados duas vezes cada um. Nos dias 28 e 30 de julho, quinta-feira e sábado, reunindo os músicos Fábio CaramuruDaniel Murray e o trio Hercules GomesLeandro Oliveira e Joelson Menezes, peças instrumentais de autores como Pixinguinha, Patápio Silva, Camargo Guarnieri, Villa-Lobos, Tom Jobim e Carlos Gomes. Destaque para “A Cayumba” (Dança dos negros), de Carlos Gomes, obra de 1857, primeira dança negra do nosso repertório pianístico. Nos dias 29 e 31 de julho, sexta-feira e domingo, com as cantoras Edna D’Oliveira e Edineia de Oliveira e os músicos Marco Bernardo e Patricia Ribeiro, serão apresentadas peças instrumentais e vocais de autores como Waldemar Henrique, Hekel Tavares, Ernâni Braga e Villa-Lobos, além de uma série de canções africanas. Destaque para “Xangô”, de Villa-Lobos, canto fetiche de macumbaescrito em 1919. Ao final de cada uma das apresentações a música brasileira de inspiração africana será discutida pelos artistas e pelo público presente, sempre com mediação da professora Ligia F. Ferreira.

 

 

QUINTA-FEIRA, 28 de Julho & SÁBADO, 30 de Julho – 19h15

DANIEL MURRAY, violão

  • Paulo Bellinati (1950) | Jongo
  • Daniel Murray (1981) | Interlúdio
  • Heitor Villa-Lobos (1887-1959) | Estudo nº 12

FÁBIO CARAMURU, piano

  • Carlos Gomes (1836-1896) | A Cayumba (Dança dos negros)
  • Camargo Guarnieri (1907-1993) | Dança negra
  • Baden Powell (1937-2000) e Vinicius de Moraes (1913-1980) | Consolação
  • Tom Jobim (1927-1994) e Vinicius de Moraes (1913-1980) | Água de beber

HERCULES GOMES, piano, LEANDRO OLIVEIRA, flauta, & JOELSON MENEZES, clarinete

  • Abel Ferreira (1915-1980) | Chorando baixinho
  • Raul de Barros (1915-2009) e Ary dos Santos | Na Glória
  • Patápio Silva (1880-1907) | Primeiro amor
  • Pixinguinha (1897-1973) | Gargalhada
  • Ernesto Nazareth (1863-1934) | Confidências
  • Radamés Gnattali (1906-1988) | Remexendo
  • Pixinguinha (1897-1973) e Benedito Lacerda (1903-1958) | 1 x 0

 

SEXTA-FEIRA, 29 de Julho & DOMINGO, 31 de Julho – 19h15

PATRICIA RIBEIRO, violoncelo,  MARCO BERNARDO, piano

  • Eloá Gonçalves (1986) | Maracatu
  • João Linhares (1963) | Coco

MARCO BERNARDO, piano

  • Fructuoso Vianna (1896-1976) | Dança de negros

EDNA D’OLIVEIRA, soprano,  EDINEIA DE OLIVEIRA, mezzo soprano, & MARCO BERNARDO, piano

  • Heitor Villa-Lobos (1887-1959) | Estrela é lua nova
  • Marlos Nobre (1939) | Dengues da mulata desinteressada
  • Waldemar Henrique (1905-1995) | Abaluaiê
  • Francisco Mignone (1897-1986) | Quizomba, Dança do rei Chico com a rainha N’Ginga
  • Hekel Tavares (1896-1969) e Joracy Camargo (1898-1973) | Leilão
  • Ernâni Braga (1888-1948) | O Kinimbá e Nigue-Nigue-Ninhas
  • Hervé Cordovil (1914-1979) | Prece a São Benedito
  • Heitor Villa-Lobos (1887-1959) | Xangô

Entremeadas às peças acima, serão cantadas, à capella, as seguintes canções africanas:

  • ‘Shosholoza’, ‘Nkosi, Nkosi’, ‘Itonga’, ‘Siyahamba’ e ‘Nkosi Sikelelel’ iAfrika’

 

Exaltação de uma “alma africana”

É inegável a contribuição dos negros para a formação do povo, da cultura, do folclore, das artes e do nosso próprio caráter de brasilidade – seja do ponto de vista interno quanto dos que olham o Brasil de fora. Isso a despeito dos quase quatro séculos de escravatura que marcaram a história do Brasil. Desde o passado colonial os descendentes de africanos que chegaram ao País nos porões de “navios negreiros” sofreram com os estigmas que recaíam sobre a África. Segundo a ideologia reinante, naquele continente brotara uma “raça inferior”, desprovida de “história” e de “escrita”, incapaz de qualquer produção artística, filosófica ou abstrata. Finda a escravidão, em 1888, o que se pensava sobre os negros pouco mudou. Os afrodescendentes ficaram sempre confinados às camadas mais humildes e iletradas da sociedade brasileira. Como consequência, observa-se até hoje que, em geral, as manifestações culturais e artísticas negras, especialmente as musicais, são quase invariavelmente vinculadas ao registro “popular”. No entanto, desde a segunda metade do século XIX, encontramos compositores eruditos, brancos e negros que se inspiraram em melodias e ritmos africanos ou afro-brasileiros. Tomadas de forma esparsa, talvez hoje não se tenha a dimensão exata, no campo da música erudita, da representatividade e da riqueza dessa expressão musical que a tantos fascina, em virtude da exaltação de uma “alma africana”, presente não só no Brasil mas em outros espaços da “afro-diáspora” nas Américas. Prova disso é o fato de um dos maiores regentes da atualidade, o maestro Gustavo Dudamel, ter incluído no repertório da Orquestra Simón Bolívar, da Venezuela, a peça “Batuque”, de Lorenzo Fernández, sempre entusiasticamente aplaudida por plateias internacionais.

 

Matrizes essenciais da “alma brasileira”

O projeto Concertos Afro-Brasileiros pretende, portanto, reunir um repertório que permita jogar luzes sobre os temas negros presentes na nossa música erudita. Como que sinalizando, assim, o caminho inverso ao que normalmente se acredita, ou seja, de como os temas negros, ditos populares, se converteram em fontes e fertilizaram uma produção musical erudita que traduz uma das matrizes essenciais da “alma brasileira”. Do ponto de vista educativo, a ideia do projeto – que visa igualmente a (in)formação – pretende reforçar a questão da Consciência Negra, oferecendo ao público conteúdo e conceito seguramente inéditos em nossas programações culturais.

 

S E R V I Ç O

CONCERTOS AFRO-BRASILEIROS
Local: CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – Centro
Data: de 28 a 31 de julho de 2016 (quinta-feira a domingo)
Hora: 19h15
Informações: 11 3321 4400
Classificação indicativa: livre
Capacidade: 80 lugares
Duração: 60 minutos
Entrada franca (ingressos distribuídos a partir das 9h da manhã, no dia de cada apresentação)
Acesso para pessoas com deficiência

Realização: Echo Promoções Artísticas | www.echobr.com.br
Patrocínio: Caixa Econômica Federal

Assessoria de Imprensa do espetáculo
Matias José Ribeiro | Gabinete de Comunicação
matias.ribeiro@gabinete.com.br
11 3082 5444  &  11 98102 9870
Assessoria de Imprensa da CAIXA Cultural São Paulo (SP)
11 3549 6001
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