As audições de Dona Rosa!

Ontem o Facebook me surpreendeu com uma lembrança de 47 anos atrás. Esta foto da audição dos alunos da queridíssima professora Rosa Lourdes Civile Mellito, em dezembro de 1976. O que me demoveu irresistivelmente a elaborar a crônica a seguir.

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Billy May 70. Jazz ou Easy Listening?

Meu caro leitor que gosta de boa música e boas histórias… me permita condividir com você um dos meus discos do coração.

Esse “Billy May ’70 (não é um título, e sim um apelido, alusivo ao “moderníssimo” sistema de gravação denominado Processo 70)” é um dos meus discos de infância e pertencia ao meu saudoso pai, que foi vendedor de discos da Odeon ao longo da década de 1950 e tinha uma discoteca incrível, que eu usufruo intensamente até os dias de hoje.

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Homenagem a Ennio Morricone

Ennio Morricone se foi, e eu me lembrei imediatamente do que foi dito quando da partida de Tom Jobim: “não se trata da queda de numa árvore, e sim da derrubada de uma floresta”.

Morricone. Músico da mais alta cepa, com domínio amplo e irrestrito da fenomenologia musical.

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Marco Bernardo Encontra o Tenor Lenine Santos

Por onde anda o meu querido Lenine Santos? Admiro o imenso respeito que ele tem para com a nossa Canção Brasileira de Câmara. Estamos nos devendo há muito tempo um repertório só de Adelino Moreira, não é, amigo?

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Visita à Tumba do Maestro Arturo Toscanini

Em 24 de setembro de 2014, fiz uma peregrinação à tumba da Família Toscanini, no Cimitero Monumentale Di Milano, Italia, em reverência a dois dos maiores músicos de todos os tempos que ali jazem: o Maestro Arturo Toscanini e seu genro, o pianista Vladimir Horowitz.

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Meu Avô Carlo Bernardo. 79 Anos de Sua Morte

Há 79 anos, em 25 de agosto de 1940, num dia de domingo como hoje, às 17h, falecia meu avô, CARLO BERNARDO, em sua casa na Rua Silveira da Motta, 79 (notem a coincidência do número!), Cambuci, São Paulo, vítima de caquexia (síndrome complexa e multifatorial que se caracteriza pela perda de peso, atrofia muscular, fadiga, fraqueza e perda de apetite) e, segundo o atestado de óbito, também de cirrose hepática. Há cerca de um mês antes, ele havia tomado uma simples injeção para gripe, que, para sua infelicidade, estava contaminada (ou, como se dizia, “estragada”). Os sintomas não demoraram a vir: entre tantas mazelas, sua pele descolou toda do corpo, provocando um grande sofrimento não só para ele como para todos que o cercavam. Já consciente da morte inevitável, recomendou aos filhos menores (meu pai, Fernando, e meu tio caçula, Arthur) que “ia morrer” e que se preparassem para os tempos difíceis que estavam por vir. O enterro se deu no dia 26, no Cemitério do Araçá, no jazigo da família Bernardo à quadra 43, terreno 83.

Ata do sepultamento de Carlo Bernardo, no Cemitério do Araça, em 26 de agosto de 1940

A missa de 7º dia foi celebrada no sábado seguinte, dia 31 de agosto, às 8h30, na Igreja Nossa Senhora da Glória, bairro do Cambuci, São Paulo.

Anúncio publicado no semanário dirigido à colônia Italiana Settimana Del Fanfulla da Missa de 7º dia de Carlo Bernardo, celebrada às 8h30 do dia 31 de agosto de 1940, sábado, na Igreja Nossa Senhora da Glória, Cambuci, São Paulo.

Igreja Nossa Senhora da Glória, Cambuci, São Paulo

A família inteira, incluindo as de seus irmãos já constituídas, se ressentiu enormemente da perda de seu grande esteio e referência. Meu pai, Fernando, tinha apenas 14 anos, mal saído da infância e já se empregando no Labofarma, laboratório farmacêutico muito conhecido também sediado no Cambuci, inaugurou uma vida de muito trabalho e luta. Conta minha prima Maria Rita, filha de meu tio Miguel, que este, a cada ano em que se aproximava a data da morte do pai, caía doente. O primogênito dos meus tios, Francisco (Ciccillo), já morando no Rio de Janeiro e gozando de promissora carreira musical, Foi decisivo em ajudar os irmãos a se estabelecerem no ramo dos calçados montando para eles a Indústria de Chinelos Framber (iniciais de Francisco Bernardo), sob os cuidados de Tio Miguel e Tio Hugo (ambos violonistas). Através da Framber, a família restabeleceu a tradição e vocação para os calçados e foi se reerguendo ao longo da década de 1940. A fábrica existiu até por volta da década de 1970, e vários membros da família (Tio Miguel e seu filho Carlos Bernardo Neto, Tio Giorgio Di Grazia – marido de Theodora – e os filhos José e Norberto) se dedicaram ao ramo até os anos 1990 produzindo artigos de excelente qualidade e reconhecimento do mercado. Meu pai também foi ligado ao ramo de calçados e aos negócios familiares como bem-sucedido vendedor-representante começando com a família e prosseguindo com diversas empresas importantes (Merci e Buzolin), cativando a todos com sua simpatia e carisma.

Fita adesiva da Indústria de Chinelos Framber, situada à Rua Silveira da Mota, 79

CARLO veio muito jovem de Caivano, província de Napoli, região da Campania, Italia, acompanhado do pai, Arcangelo. Começou trabalhando como ‘muratore (pedreiro)’, e, ainda muito jovem, caiu de um andaime e ficou coxo para o resto da vida. À medida em que a situação ia se consolidando por aqui, os dois pioneiros da família fizeram vir da Itália os demais membros: nossa bisavó Consilia (falecida em 1918) e seus outros filhos, nossos tios-avós Ferdinando (o mais velho, profissão negociante e residente à Rua Visconde de Parnaíba, 773), Pippinella (uma matrona vesga e mal-humorada que adorava meu irmão João Alberto em bebê, a quem ela chamava carinhosamente de Zuccarella, que significa “docinho”), Salvador (Turillo) e Umberto (o caçula dos irmãos, alfaiate sediado na Rua Libero Badaró 137 e residente à Rua da Mooca 406 casa 29).

Família Bernardo, oriunda de Caivano, província de Napoli, região da Campania, Italia, em foto de 1904, possivelmente quando todos os seus membros já haviam chegado a São Paulo. Em pé, da esquerda para a direita: meu tio-avô Umberto, filho caçula de Arcangelo e Consilia, meus bisavós; meu tio-avô Salvador (Turillo); meu avô Carlo; minha tia-avó Annunziata (Nunziatella, casada com Ferdinando, ao seu lado direito na foto) e meu tio-avô Ferdinando, o mais velho dos irmãos. Sentados, da esquerda para a direita: minha bisavó Consilia; meu tio Francisco (Ciccillo), aos dois anos de idade; minha avó Anna Farina, grávida de seu segundo filho; uma amiga da família não-identificada.

CARLO foi um exímio violonista acompanhador, atuante nas tradicionais leiterias daquele tempo e, inclusive, no cinema mudo, até 1927. Já estabelecido com sua pequena fábrica de calçados especializada em modelos para senhoras e sediada no porão da casa da família na Rua Silveira da Mota, ele não pestanejou na tentativa de apartar uma briga de navalha entre dois de seus empregados exaltados segurando firmemente a navalha com a mão esquerda, mas o dito que detinha o instrumento afiado puxou-a com tamanha força que acabou por decepar seu dedo indicador, justamente o que se incumbe das “pestanas” nas posições do violão. Num tempo em que sequer se sonhava com cirurgia de reimplante, CARLO se viu irremediavelmente obrigado a nunca mais tocar violão, e não é difícil imaginar o tamanho da decepção que isso lhe causou.

Mesmo que eu não tenha conhecido o meu avô, suas histórias e legado fizeram com que ele seja uma influência e inspiração essenciais em minha vida. Não só pelo seu exemplo de homem íntegro e empreendedor, mantenedor de sua família e até a de seus irmãos, como, obviamente, por ter sido o músico que legou a todos os Bernardo uma genética indiscutível de talento e vocação para a música e o ramo dos calçados. É uma imensa alegria para mim que não só os meus familiares como todos aqueles que apreciam histórias de família, saibam quem foi CARLO BERNARDO e se orgulhem muito dele, pois dele vem a essência do que todos nós, seus descendentes, fomos ontem, somos hoje e seremos sempre!

Fachada da residência da família Bernardo, situada à Rua Silveira da Mota, 79, Cambuci, São Paulo – o que restou da casa, já demolida. Na parte de baixo do imóvel, da direita para a esquerda, o porão que abrigava a fábrica de calçados de Carlo Bernardo (e, posteriormente, a Indústria de Chinelos Framber), com a entrada maior adulterada por murada e veneziana; porta menor de acesso ao porão, com um degrau alto na tentativa de conter as enchentes que sempre assolaram a região de várzea do Rio Tamanduateí; porta de entrada conduzindo à residência propriamente dita, na parte superior do sobrado.

Marco Bernardo toca Branca na Caixa Cultural São Paulo

Amigos do Choro e da Música Instrumental Brasileira, Bom Dia!

Segue minha versão de “Branca”, valsa de Zequinha de Abreu, uma das faixas do meu novo álbum O Pianeiro Chorão, aqui num registro de 17 de Novembro de 2011, na Caixa Cultural São Paulo. Foi uma das peças que interpretei num memorável recital intitulado Choros Famosos, integrando os Concertos Magda Tagliaferro. Esse projeto reuniu nove destacados pianistas brasileiros entre os dias 16 e 20 de novembro homenageando Magda Tagliaferro, uma das mais importantes pianistas brasileiras de todos os tempos, falecida em 1986.

“Branca” é um clássico do final da década de 1910, composta em homenagem a Branca Barreto, filha do chefe da estação ferroviária de sua cidade, e se tornaria um clássico do repertório pianístico de então. Trata-se de uma leitura deliciosamente heterodoxa, com um irresistível toque de sofisticação melódica e harmônica, evocando a figura do multiinstrumentista Hermeto Paschoal.

Prestigie o álbum O Pianeiro Chorão, lançado pela Kuarup, através de sua plataforma preferida acessando este super-link

E, neste sábado, venha curtir o lançamento oficial do CD físico pelo Projeto Cultura no Choro, prestigie o evento no Facebook

Gente, tá tudo uma beleza! Curtam tudo sem moderação!

Registros Antológicos do Pianeiro Chorão no YouTube

Não é de hoje que sou “pianeiro chorão”! Uma prova é este vídeo em que estou interpretando “Jura”, de Sinhô, em gravação ao vivo realizada no Teatro CIEE, em 25 de março de 2008, quando protagonizei juntamente com Júlio Medaglia e sua orquestra de câmara uma homenagem ao grande cantor do passado Cândido Botelho, no dia do lançamento oficial de sua biografia, escrita por sua sobrinha, Cândida Botelho.

Foi uma delícia apresentar esse meu arranjo desse essencial samba brasileiro, inspirado na notável “pianeira” Carolina Cardoso de Menezes, com a participação do público presente. Bom deleite!

Fábio Caramuru e Marco Bernardo tocam obras de Jobim na Sala São Paulo

Fábio Caramuru e Marco Bernardo tocam obras de Jobim na Sala São Paulo

O Duo comemora os 90 anos do maestro soberano realizando uma apresentação gratuita na Sala São Paulo, dentro da série “Concertos Matinais” promovidos pela OSESP. Os pianistas alternam-se em solos e duos nesse concerto especial que oferece um panorama abrangente da obra de Tom Jobim, trazendo desde a sua primeira composição, a Valsa Sentimental, escrita quando Tom tinha apenas 18 anos de idade, até algumas de suas músicas mais recentes, como Meu amigo Radamés.

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Concertos Afro-Brasileiros com Marco Bernardo

Marco Bernardo se apresenta nos Concertos Afro-Brasileiros

Marco Bernardo se apresenta nos Concertos Afro-Brasileiros

CONCERTOS AFRO-BRASILEIROS, NA CAIXA CULTURAL SÃO PAULO

28 a 31 de julho de 2016 | 19h15

A CAIXA Cultural São Paulo tem, nos últimos dias de julho, um projeto musical inédito: os Concertos Afro-Brasileiros. Com entrada gratuita e patrocínio da Caixa Econômica Federal, o projeto tem em sua programação composições de autores brasileiros inspiradas em temáticas africanas e afro-brasileiras. Com curadoria de Fábio Caramuru, pianista e compositor, e de Ligia Fonseca Ferreira, professora e pesquisadora, doutora pela Universidade de Paris 3 – Sorbonne, com tese sobre Luiz Gama (um dos mais combativos abolicionistas de nossa história), hoje docente do Departamento de Letras (área de língua e literatura francesa) da UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo.

Os concertos têm programas diferentes e serão apresentados duas vezes cada um. Nos dias 28 e 30 de julho, quinta-feira e sábado, reunindo os músicos Fábio CaramuruDaniel Murray e o trio Hercules GomesLeandro Oliveira e Joelson Menezes, peças instrumentais de autores como Pixinguinha, Patápio Silva, Camargo Guarnieri, Villa-Lobos, Tom Jobim e Carlos Gomes. Destaque para “A Cayumba” (Dança dos negros), de Carlos Gomes, obra de 1857, primeira dança negra do nosso repertório pianístico. Nos dias 29 e 31 de julho, sexta-feira e domingo, com as cantoras Edna D’Oliveira e Edineia de Oliveira e os músicos Marco Bernardo e Patricia Ribeiro, serão apresentadas peças instrumentais e vocais de autores como Waldemar Henrique, Hekel Tavares, Ernâni Braga e Villa-Lobos, além de uma série de canções africanas. Destaque para “Xangô”, de Villa-Lobos, canto fetiche de macumbaescrito em 1919. Ao final de cada uma das apresentações a música brasileira de inspiração africana será discutida pelos artistas e pelo público presente, sempre com mediação da professora Ligia F. Ferreira.

 

 

QUINTA-FEIRA, 28 de Julho & SÁBADO, 30 de Julho – 19h15

DANIEL MURRAY, violão

  • Paulo Bellinati (1950) | Jongo
  • Daniel Murray (1981) | Interlúdio
  • Heitor Villa-Lobos (1887-1959) | Estudo nº 12

FÁBIO CARAMURU, piano

  • Carlos Gomes (1836-1896) | A Cayumba (Dança dos negros)
  • Camargo Guarnieri (1907-1993) | Dança negra
  • Baden Powell (1937-2000) e Vinicius de Moraes (1913-1980) | Consolação
  • Tom Jobim (1927-1994) e Vinicius de Moraes (1913-1980) | Água de beber

HERCULES GOMES, piano, LEANDRO OLIVEIRA, flauta, & JOELSON MENEZES, clarinete

  • Abel Ferreira (1915-1980) | Chorando baixinho
  • Raul de Barros (1915-2009) e Ary dos Santos | Na Glória
  • Patápio Silva (1880-1907) | Primeiro amor
  • Pixinguinha (1897-1973) | Gargalhada
  • Ernesto Nazareth (1863-1934) | Confidências
  • Radamés Gnattali (1906-1988) | Remexendo
  • Pixinguinha (1897-1973) e Benedito Lacerda (1903-1958) | 1 x 0

 

SEXTA-FEIRA, 29 de Julho & DOMINGO, 31 de Julho – 19h15

PATRICIA RIBEIRO, violoncelo,  MARCO BERNARDO, piano

  • Eloá Gonçalves (1986) | Maracatu
  • João Linhares (1963) | Coco

MARCO BERNARDO, piano

  • Fructuoso Vianna (1896-1976) | Dança de negros

EDNA D’OLIVEIRA, soprano,  EDINEIA DE OLIVEIRA, mezzo soprano, & MARCO BERNARDO, piano

  • Heitor Villa-Lobos (1887-1959) | Estrela é lua nova
  • Marlos Nobre (1939) | Dengues da mulata desinteressada
  • Waldemar Henrique (1905-1995) | Abaluaiê
  • Francisco Mignone (1897-1986) | Quizomba, Dança do rei Chico com a rainha N’Ginga
  • Hekel Tavares (1896-1969) e Joracy Camargo (1898-1973) | Leilão
  • Ernâni Braga (1888-1948) | O Kinimbá e Nigue-Nigue-Ninhas
  • Hervé Cordovil (1914-1979) | Prece a São Benedito
  • Heitor Villa-Lobos (1887-1959) | Xangô

Entremeadas às peças acima, serão cantadas, à capella, as seguintes canções africanas:

  • ‘Shosholoza’, ‘Nkosi, Nkosi’, ‘Itonga’, ‘Siyahamba’ e ‘Nkosi Sikelelel’ iAfrika’

 

Exaltação de uma “alma africana”

É inegável a contribuição dos negros para a formação do povo, da cultura, do folclore, das artes e do nosso próprio caráter de brasilidade – seja do ponto de vista interno quanto dos que olham o Brasil de fora. Isso a despeito dos quase quatro séculos de escravatura que marcaram a história do Brasil. Desde o passado colonial os descendentes de africanos que chegaram ao País nos porões de “navios negreiros” sofreram com os estigmas que recaíam sobre a África. Segundo a ideologia reinante, naquele continente brotara uma “raça inferior”, desprovida de “história” e de “escrita”, incapaz de qualquer produção artística, filosófica ou abstrata. Finda a escravidão, em 1888, o que se pensava sobre os negros pouco mudou. Os afrodescendentes ficaram sempre confinados às camadas mais humildes e iletradas da sociedade brasileira. Como consequência, observa-se até hoje que, em geral, as manifestações culturais e artísticas negras, especialmente as musicais, são quase invariavelmente vinculadas ao registro “popular”. No entanto, desde a segunda metade do século XIX, encontramos compositores eruditos, brancos e negros que se inspiraram em melodias e ritmos africanos ou afro-brasileiros. Tomadas de forma esparsa, talvez hoje não se tenha a dimensão exata, no campo da música erudita, da representatividade e da riqueza dessa expressão musical que a tantos fascina, em virtude da exaltação de uma “alma africana”, presente não só no Brasil mas em outros espaços da “afro-diáspora” nas Américas. Prova disso é o fato de um dos maiores regentes da atualidade, o maestro Gustavo Dudamel, ter incluído no repertório da Orquestra Simón Bolívar, da Venezuela, a peça “Batuque”, de Lorenzo Fernández, sempre entusiasticamente aplaudida por plateias internacionais.

 

Matrizes essenciais da “alma brasileira”

O projeto Concertos Afro-Brasileiros pretende, portanto, reunir um repertório que permita jogar luzes sobre os temas negros presentes na nossa música erudita. Como que sinalizando, assim, o caminho inverso ao que normalmente se acredita, ou seja, de como os temas negros, ditos populares, se converteram em fontes e fertilizaram uma produção musical erudita que traduz uma das matrizes essenciais da “alma brasileira”. Do ponto de vista educativo, a ideia do projeto – que visa igualmente a (in)formação – pretende reforçar a questão da Consciência Negra, oferecendo ao público conteúdo e conceito seguramente inéditos em nossas programações culturais.

 

S E R V I Ç O

CONCERTOS AFRO-BRASILEIROS
Local: CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – Centro
Data: de 28 a 31 de julho de 2016 (quinta-feira a domingo)
Hora: 19h15
Informações: 11 3321 4400
Classificação indicativa: livre
Capacidade: 80 lugares
Duração: 60 minutos
Entrada franca (ingressos distribuídos a partir das 9h da manhã, no dia de cada apresentação)
Acesso para pessoas com deficiência

Realização: Echo Promoções Artísticas | www.echobr.com.br
Patrocínio: Caixa Econômica Federal

Assessoria de Imprensa do espetáculo
Matias José Ribeiro | Gabinete de Comunicação
matias.ribeiro@gabinete.com.br
11 3082 5444  &  11 98102 9870
Assessoria de Imprensa da CAIXA Cultural São Paulo (SP)
11 3549 6001
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